Evento

Música, dança e poesia em ritmo afro

Novo projeto do músico Maikão Mel chega a Pelotas neste sábado, na Bibliotheca Pública Pelotense

Divulgação - DP - Músicas do porto-alegrense valorizam a diversidade

O músico Maikão Mel traz a Pelotas seu mais novo show: Contos, Cordas e Cantos. A proposta que une música, literatura (contos e poesia), dança e ancestralidade terá a participação especial da Cia da Dança Afro Daniel Amaro, da bailarina Alessandra Azambuja e de músicos convidados. A apresentação ocorrerá neste sábado (13), às 20h, na Bibliotheca Pública Pelotense. Ingressos à venda na Essência de Vida - banca 57 do Mercado Central, no valor de R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia entrada).

Conhecido especialmente pelo trabalho que desenvolveu com a banda de pagode Toque de Mel, do final dos anos 90, o músico, Maikão Mel agora traz ao público uma proposta focada na herança cultural afro, um trabalho que ele começou a construir em 2019, quando passou a receber de forma mediúnica contos e poesias.

Maikão conta que a religiosidade sempre esteve presente na sua vida, com membros da família do músico praticantes da umbanda, do batuque e do espiritismo. Mas até então o artista nunca tinha psicografado nada, quando em 2019, conheceu por um único retrato, a imagem da bisavó Maria Isabel Lemos, nascida em 1834, e que praticava o batuque.

A partir de então começaram a brotar na sua mente mensagens repetidas, que o deixou atordoado de início, até que ele resolveu começar a colocá-las no papel. "Era uma energia com uma intensidade absurda. Quando eu sentei, escrevi dois contos, um atrás do outro. Eu simplesmente entrei num processo de receber essas informações", conta.

Um dos indícios de que os textos são psicografados, segundo o músico, vem da letra que se desenha no papel, muito diferente da sua, o que espanta quem vê e compara com outros escritos do artista. O teor dos contos também têm surpreendido quem os conhece. As histórias trazem nomes, locais e situações, que Maikão desconhecia, mas que descobriu posteriormente serem reais. "Eu escrevi agora um conto sobre um resgate de negros no cerrado baiano. Hoje tenho uma média de 150 contos afro-brasileiros escritos", revela.

Sete desses contos vão chegar ao público em forma de livro intitulado Mandinga de preto, que está quase pronto e terá ilustrações do artista plástico Pedro Salles. Essas obras integram o show em forma de exposição.

Valores culturais

Alguns dos textos foram cuidadosamente musicados. Eles transmitem valores culturais e sociais, como ancestralidade, luta contra o racismo e valorização da diversidade. O projeto musical conta ainda com a dança, com grupos convidados por onde o artista passa, emprestando uma dinâmica de linguagens em expressão no show.

Maikão Mel impunha o violão e em Pelotas estará acompanhado pelos músicos Kleber Vieira, na percussão, Eduardo Augusto Sil, na bateria, e Roberto Souza, trombonista e multiinstrumentista. Eu entendo que hoje eu virei um contador de histórias com uma responsabilidade muito grande

Algumas composições são precedidas por uma contação de história, que contextualizam o poema que a plateia vai ouvir. Algumas dessas composições vão ser interpretadas também em forma de dança, em Pelotas o grupo convidado é a Cia de Dança Afro do coreógrafo Daniel Amaro.

A estreia desse projeto ocorreu em Ijuí dia 29 de abril e lá contou com três coreografias criadas por Amaro, as mesmas que ele o grupo, formado pelas bailarinas Bianca Bessa, Daniela Vieira, Morgana Silva, Priscila Couto, Anielle Nunes e Yaritza Carvalho, irão interpretar. "Eu coreografei os poemas Canto de fé, Xango e Toque divino os poemas e agora vamos tentar ver se consigo fazer outras performances em outros contos, vai ser uma experiência bem bacana", fala Daniel Amaro.

Em Ijuí as coreografias de Amaro foram apresentadas pela companhia de Alessandra Azambuja. A bailarina ijuiense, que estará em Pelotas, também interpretará coreografias criadas por ela.

Serviço
O quê: Contos, Cordas e Cantos, de Maikão Mel
Quando: sábado (13), às 20h
Onde: Bibliotheca Pública Pelotense, praça Coronel Pedro Osório
Ingresso: R$50,00 a inteira e R$25,00 a meia entrada, à venda na Essência de Vida - banca 57 do Mercado Central


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